O operacional no planejamento estratégico

Dando continuidade à nossa conversa sobre a vitalidade do planejamento estratégico e suas respectivas etapas, hoje discutiremos a última – mas não menos importante – fase da elaboração de um planejamento estratégico: o plano operacional. De aplicação simultânea ao plano tático, o plano operacional consiste, grosso modo, em tirar do papel o planejamento e inseri-lo no plano real.

Na estratégia, a operacionalização de processos e medidas se dá por meio do estabelecimento da instrumentalização de processos: o que, como, quando, com quem, em que frequência e por que fazer, constituindo uma espécie de “lead” dos processos internos da empresa. Esta etapa, portanto, não é nada mais nada menos do que um “checklist”, como uma lista de itens que enumeramos antes de sairmos às compras. “É uma atividade que está presente no dia a dia de qualquer ser humano, embora não de forma estruturada, como se faz necessário quando está em jogo o futuro de uma organização” (BARROS NETO, 2002, p. 87).

Continue Lendo »


Como atingir os objetivos e metas da organização

Na última semana, falamos sobre estratégia, ou a arte de se alcançar resultados positivos por meio de um conjunto de medidas devidamente planejadas. Abordamos, num primeiro momento, a primeira etapa desta fina arte: o planejamento estratégico. Agora, falaremos sobre o segundo nível dessa jornada – o plano tático. Nele, diferentes áreas, departamentos e unidades de negócio se separam para definir seus níveis individuais de contribuição para as metas do todo. A compreensão sobre essa etapa é vital para o alcance dos objetivos e metas pretendidas pela organização.

A “tática” (do grego taktiké ou téchne; arte de manobrar [tropas]) é qualquer elemento componente de uma estratégia, com a finalidade de se atingir a meta desejada em um empreendimento qualquer. O planejamento tático, nas empresas, é orientado nas unidades menores e subdivisões. Ele não é nada mais, nada menos que o detalhamento e especificação do planejamento estratégico para cada setor e área da empresa. A diferença entre as duas etapas reside em sua abrangência: enquanto a estratégia busca visão “macro”, de conjunto ou, por assim dizer, sistêmica, relativa ao negócio como um todo, a tática ocupa-se de visão “micro”, no sentido elementar ou particular em relação ao todo. Numa comparação mais simples, tática seria “como” realizar determinada função, em oposição à estratégia, mais próxima de “o que” deve-se realizar.

Não é à toa que, no sentido bélico e militar, a tática também pode ser entendida como a fração da arte da guerra que trata da disposição e manobra das forças durante o combate ou na sua iminência. Intimamente relacionadas, tática e estratégia se complementam, sendo a tática o olhar curto e específico enquanto a estratégia é o olhar total e a longo prazo.

Continue Lendo »


Do pensamento estratégico à sua execução

O termo “estratégia” remete há milhares de anos, ainda no período de formação dos principais Estados dos cinco continentes – talvez até mesmo antes. Surgido nos ambientes militares, em meio as disputas territoriais e guerras entre tribos e nações, a palavra inicialmente designava um conjunto de ações implementadas com o objetivo de derrotar o exército inimigo.

Séculos depois, o termo, assim como a humanidade, evoluiu e ganhou novos significados. Continuamos a fazer guerras e disputar poderios ao redor do globo. Mas hoje, com o auge do sistema capitalista e a solidificação das grandes corporações, a verdadeira guerra se faz no ambiente empresarial. Empresas disputam seu espaço no mercado e, por isso, as organizações precisam definir suas táticas com base em seus autoconhecimentos e nos estudos e análises de suas áreas de atuação, incluindo dados sólidos sobre as forças e fraquezas de seus concorrentes diretos e indiretos. Nesse contexto de guerras empresariais e competitividade exacerbada, a estratégia aparece como a arte de se alcançar resultados por meio de um conjunto de áreas de conhecimento que, quando corretamente aplicadas, culminam na possibilidade de que os prospectos estabelecidos sejam finalmente alcançados.

Continue Lendo »


As fusões e aquisições nas empresas familiares

As fusões e aquisições são operações econômicas recorrentes no cenário empresarial. Enquanto a primeira reside no agrupamento de duas ou mais empresas originando uma nova, a segunda consiste na compra de uma empresa, muitas vezes de menor porte ou que está passando por dificuldades financeiras, por outra. Em ambos os processos ocorre uma integração de operações, organização, estratégia e controle do capital.

O processo de operações das fusões e aquisições no Brasil está em destaque, como é natural nos períodos de crise. Alguns negócios, seja por azar ou por incompetência de seus gestores, acabam por ceder, abrindo espaço para que empresas de maior porte e faturamento ampliem ainda mais sua área de atuação por meio da aquisição. No mesmo cenário, algumas empresas menores, startups ou que estejam atravessando dificuldades financeiras acabam se fundindo, juntando suas forças e tornando-se uma só empresa. Seja como for, o fenômeno da consolidação de empresas e negócios em vários setores se baseia nas fusões e aquisições e têm sido adotadas como estratégia de crescimento ou gestão de crise.

Outro fator determinante no aumento dos fenômenos de fusões e aquisições no cenário empresarial do país – e por que não dizer, do mundo – é a presença cada vez maior e mais voraz da competitividade. Em um mundo onde o mercado é praticamente uma instituição financeira onisciente e onipresente, cada vez mais empresas se lançam neste cenário. Com essa enorme variedade de negócios, é evidente que, em alguns momentos, duas empresas podem acabar disputando um mesmo público-alvo, a mesma fonte de renda ou um mesmo tipo de serviço. E isto acaba deixando as coisas um pouco mais “quentes”, fazendo com que os fenômenos aqui citados apareçam como estratégias para minar a concorrência. Isso aconteceu recentemente no Brasil com a transnacional Coca-Cola Company, que adquiriu a empresa fabricante do Guaraná Jesus, uma vez que a empresa, ainda que local e de porte infinitamente menor ao da Coca Cola, estava prejudicando as vendas dos refrigerantes da marca em certas localidades do Brasil

Continue Lendo »


Mudança

Alteração ou modificação do estado normal de algo: mudança de caráter. Modificação ou transferência de alguma coisa, geralmente móveis ou objetos pessoais, para um outro lugar: a mudança ainda vai chegar. Troca; alteração ou substituição de uma pessoa ou coisa por outra(s): mudança de funcionário; mudança de time; mudança de firma. Tantos significados para uma palavra pequena e grande ao mesmo tempo: mudança!

Pensando estrategicamente, nesse momento atual (digamos que há alguns anos) que estamos vivendo, nada está mais em uso do que essa palavrinha mágica! Para cada um, mudança tem sinônimos diferentes: medo, angústia, excitação, ansiedade, desafio, felicidade, tristeza e por aí vai…

Nossa noção de tempo e mudanças tem se modificado muito desde a internet e as tecnologias digitais. Você sabia que a internet como a conhecemos tem apenas 25 anos? E o iPhone apenas 7. E a tecnologia mudou completamente a forma com que a humanidade percebe tempo, aprendizado e mudanças. Uma mudança que deve ter botado medo em muita gente, que quebrou muitas empresas, mas que nos proporcionou um desenvolvimento absurdo, e vimos que hoje foi necessário.
Continue Lendo »


O crepúsculo de 2017: valeu a pena?

2017 está chegando ao fim. É hora de refletir sobre o ano que passou e colocar na balança as vitórias e derrotas conquistadas pelo país e pelo povo brasileiro – sempre buscando sanar e otimizar as faltas durante o ano que se aproxima.

Apesar de ter sido caracterizado por muitos como “catastrófico”, 2017 foi, na realidade, um ano de altos e baixos. A partir do segundo trimestre, a economia tem mostrado, finalmente, sinais de recuperação. Analistas consultados pelo Banco Central preveem um aumento sensível no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o que indica o início de uma retomada do crescimento do PIB para 2018. No que tange à inflação, um dos índices mais temidos pelos brasileiros, as previsões de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saíram de 3,98% para 3,96% em 12 meses e de 3,06% para 3,03% em 2017. As taxas de desemprego, embora continuem mais altas que as de 2016, também recuaram: no trimestre terminado em agosto, o Brasil tinha 13,1 milhões de desempregados – uma queda de 4,8% em relação ao trimestre terminado em maio. Associados à retomada do PIB, estão outros índices promissores como o crescente fôlego do consumo familiar e a queda nas taxas de juros.
Continue Lendo »


A era da inovação: start-ups que estão revolucionando o mundo

Os ventos da mudança: brisas, ventanias, furacões. Uns mais fracos, outros mais fortes, mas sempre presentes no cotidiano do século XXI. A cada dia, a modernidade injeta cada vez mais os frutos de sua expansão em nossas veias.

Há menos de meio século, pacientes soropositivos pereciam por uma simples gripe por conta da imunodeficiência provocada pelo vírus HIV. Hoje, os pacientes portadores do vírus são capazes de controlar sua carga viral por meio de medicamentos e levar uma vida absolutamente saudável. No campo da educação, os avanços também foram sensíveis: com a informática e das tecnologias de comunicação, surgiram as graduações à distância, que permitem que um estudante sem as condições necessárias para freqüentar a sala de aula consiga concluir o ensino superior. E a lista não pára por aí: os ventos da modernidade alcançam cada dia mais as áreas do transporte, da agropecuária, da energia e até mesmo do convívio social, com o advento das redes sociais como o Twitter e o Facebook.

O mundo está experimentando um novo e amplo cenário: o da inovação. Fomentado pelo avanço das novas tecnologias, esse cenário se expande cada vez mais e, com ele, as oportunidades de lucro e visibilidade. E assim, surgem as start-ups. Pequenas empresas, companhias e iniciativas que, buscando fortalecer o próprio modelo de negócio e inserir-se num mercado extremamente competitivo, buscam novos meios de alcançar um diferencial entre milhares de novas empresas – oferecendo novos produtos e serviços. Esse caráter nativamente inovador das start-ups pode ser considerado uma das principais causas do avanço sem freio da modernidade em nosso cotidiano.
Continue Lendo »


Black Friday à Brasileira: enfim somos ou não os “reis” da enganação?

Com crise, ou sem crise, é fato que o movimento de consumo nunca para. O que muda agora são as escolhas, preços, qualidade e real necessidade de compra. E em tempos de “vacas magras”, nada é mais valorizado do que o desconto.

Famosa nos Estados Unidos e presente no Brasil há cerca de 5 anos, a Black Friday se tornou um conhecido movimento de estimulo de compras e vendas, a partir de descontos agressivos de varejo que vão desde eletrodomésticos, viagens, cosméticos até vestuário.

Assim como em outros países, no Brasil, a Black Friday é uma famosa liquidação, que acontece sempre na última sexta feira do mês de novembro, e muitas vezes é a oportunidade única do ano, onde pessoas compram muito gastando pouco, pelo menos esta é a ideia.
Continue Lendo »


O empoderamento da mulher executiva nas empresas familiares

Que ser mulher é muito mais do que batom, salto, saia e cabelos sedosos, todo mundo parece já saber. Mas, mesmo sendo homem, posso afirmar, sem sombra de dúvidas, que isso não é nada perto do que a mulher verdadeiramente representa.

Ser mulher é ter força, coragem, dureza, persistência, determinação e sabedoria. É batom, se ela quiser, mas com muita garra. É salto, se lhe for conveniente, mas com muita autoconfiança.

Em sua fase adulta, algumas vezes, quando se tem essa vontade, é ser mãe. E quando mãe, responsável pela formação e construção de um novo ser humano. Tal responsabilidade não a abala ou esmorece. Pelo contrário. A maternidade lhe confere uma força impossível de ser medida. Educar não é fácil. É um desafio sem tamanho. Principalmente diante da realidade vivida nesse século.

Algumas vezes, além de mulher, mãe. E além de mãe, provedora. Em algumas vezes seu parceiro não é capaz de suportar o peso da responsabilidade familiar. E mais uma tarefa recai sobre ela.
Continue Lendo »


Inovação: uma roda de oportunidades

Quando falamos em crise, não nos referimos apenas aos aumentos de gasolina, supermercado ou energia que o povo não pode arcar, tão pouco estamos descrevendo unicamente um momento de alta do desemprego e juros, dólar e euro. Uma crise em um país, especialmente no nosso, pode ter efeitos ainda mais profundos do que imaginamos, e que a longo, médio e curto prazos, podem impactar de forma drástica e certeira a sociedade brasileira.

Para entender melhor uma das maiores forças da nossa economia, antes de qualquer coisa, precisamos falar dos chamados ativos intangíveis. Eles são uma espécie de “bens” impalpáveis, como por exemplo, patentes, marcas, capital humano e propriedade intelectual. Esse combinado compõe o valor do negócio, e o restante além dele, é chamado “patrimônio” da empresa.

Medir e acompanhar os valores desse patrimônio é normal, assim é possível avaliar a valorização do negócio. No entanto, os bens intangíveis também são importantíssimos e fazem toda a diferença quando falamos de crescimento econômico.

De acordo com a consultoria Apsis, o peso dos ativos intangíveis caiu de 60%, em 2009, para 37%, há dois anos, e no ano passado reagiu para 50% do valor das empresas brasileiras. Essa queda é resultado da crise que 99% das empresas brasileiras enfrentou, ela decepou os investimentos em pesquisa, ao contrário do que aconteceu em outras partes do planeta.

E porque esses dados preocupam tanto?
Continue Lendo »