A era da inovação: start-ups que estão revolucionando o mundo

Os ventos da mudança: brisas, ventanias, furacões. Uns mais fracos, outros mais fortes, mas sempre presentes no cotidiano do século XXI. A cada dia, a modernidade injeta cada vez mais os frutos de sua expansão em nossas veias.

Há menos de meio século, pacientes soropositivos pereciam por uma simples gripe por conta da imunodeficiência provocada pelo vírus HIV. Hoje, os pacientes portadores do vírus são capazes de controlar sua carga viral por meio de medicamentos e levar uma vida absolutamente saudável. No campo da educação, os avanços também foram sensíveis: com a informática e das tecnologias de comunicação, surgiram as graduações à distância, que permitem que um estudante sem as condições necessárias para freqüentar a sala de aula consiga concluir o ensino superior. E a lista não pára por aí: os ventos da modernidade alcançam cada dia mais as áreas do transporte, da agropecuária, da energia e até mesmo do convívio social, com o advento das redes sociais como o Twitter e o Facebook.

O mundo está experimentando um novo e amplo cenário: o da inovação. Fomentado pelo avanço das novas tecnologias, esse cenário se expande cada vez mais e, com ele, as oportunidades de lucro e visibilidade. E assim, surgem as start-ups. Pequenas empresas, companhias e iniciativas que, buscando fortalecer o próprio modelo de negócio e inserir-se num mercado extremamente competitivo, buscam novos meios de alcançar um diferencial entre milhares de novas empresas – oferecendo novos produtos e serviços. Esse caráter nativamente inovador das start-ups pode ser considerado uma das principais causas do avanço sem freio da modernidade em nosso cotidiano.

Em contraste a esse cenário de alta tecnologia, inovação e giro de capital – a “ponta” do iceberg – existe um outro lado onde a miséria, a deterioração e o abandono reinam absolutos. Segundo dados da ONG Oxfam, em 2015, 1% da população mundial detinha a mesma riqueza que os outros 99%. No Brasil, os números são igualmente assustadores. Em 2017, seis brasileiros detinham a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país (ou seja, praticamente metade da população).

Tratando, ainda, de números (já que é só isso que importa aos poderosos), um estudo do Banco Mundial estima que cerca de 13% da população mundial (quase um bilhão de pessoas) esteja vivendo abaixo da linha da pobreza. No Brasil, este índice saltou de 8,9 para 45,5 milhões – um quinto da população do país.

Enquanto a expectativa de vida em países como Japão, Suécia e França ultrapassa os 80 anos, 9 dos 10 países com as piores expectativas de vida são africanos – e, em nenhum deles, a expectativa alcança mais de 49 anos. Enquanto milhões de pessoas passam fome, mais de 2 bilhões de dólares em produtos alimentícios são desperdiçados no mundo. Enquanto países de primeiro mundo desfrutam de tecnologia medicinal de ponta, a Suazilândia sofre com uma epidemia de HIV e milhares de pacientes não medicados.

Os números atestam o óbvio: os benefícios da vida moderna se restringem a um grupo diminuto de pessoas. Não importa quantas start-ups surjam diariamente ou quantas novas tecnologias elas possam nos proporcionar. Nada disso adianta se não conseguirmos, a partir delas, repensar nossa realidade e levar auxílio àqueles que mais precisam. Seria possível, por meio das tecnologias de inovação, invertermos esse cenário de extremos, onde poucos detém a maior parte da riqueza enquanto um grande número de pessoas perecem por não terem suas necessidades básicas atendidas?

Pensando estrategicamente… Passa da hora em que a população mundial possa, em sua TOTALIDADE, desfrutar de forma mais proporcional daquilo que chamamos de “conforto mínimo”, gerado e potencializado pelas das inovações que surgem a cada dia com as start-ups mundo afora. É hora de alçarmos novos patamares para a inovação e o empreendedorismo.

Fonte: Antonio Carlos de Oliveira